segunda-feira, 23 de maio de 2011

Um olhar crítico sobre a informação

No Instituto de Educação Superior de Brasília (IESB), Rodolfo Fortes, diretor do campus Oeste, diz que a internet hoje é inevitável para qualquer pessoa. “No ensino é a mesma coisa. Sobretudo quando falamos de educação superior, os alunos têm de dominar a tecnologia. Não somos meros transmissores de conhecimento, pois esse conhecimento está na mídia. A internet dá agilidade ao acesso, a qualquer momento”, admite. Mas tudo que é bom tem consequências. Ele conta que há problemas e, por isso, os alunos devem ter um olhar crítico sobre a informação. “É preciso confrontar a informação com outras fontes, pois há algumas que não são confiáveis. Na educação básica é importante a formação do filtro sobre a informação, que deve ser transformada em conhecimento”, esclarece.

Como dicas o professor aponta sites seguros e de confiança, como o Google acadêmico, e as páginas de instituições como as das universidades de Brasília e de São Paulo. E pede cuidado com fóruns abertos e páginas como o Wikipédia, que são abertas a qualquer pessoa e onde nem tudo é verídico. “No IESB todas as disciplinas têm um plano de ensino, elaborado antes do início do ano letivo, que contém referências, ou seja, os professores já colocam links que são recomendados para evitarmos problemas de cópias”, conta Rodolfo. “O plágio é um problema sério. O aluno precisa entender que isso é crime. Há softwares que são conhecidos como farejadores e neles digitamos trechos dos trabalhos acadêmicos para descobrirmos sua legalidade. Infelizmente, hoje isso é necessário”, resssalta.

Para ensinar e formar os alunos, o professor diz que a faculdade conta com disciplinas no início dos cursos que trabalham a ética e os métodos científicos para se elaborar trabalhos acadêmicos. Entretanto, ele adverte que é natural o estudante querer copiar as coisas. “O movimento do estudante de querer colar se deve à facilidade do acesso. É uma tentação, é muito fácil, pois tudo está pronto na internet. Acredito ser esse um momento social com flexibilidade moral, uma crise de valores que leva as pessoas a fazerem e acharem não haver problema. Mas é a universidade que normatiza, educa, e deve ensinar o que é certo e errado nesse campo”, argumenta.

Quanto às punições, Rodolfo lembra que o ato de colar e copiar informações como se fossem de sua propriedade equivale a nota zero e reprovação. “Eles têm de aprender que plágio é um crime. No mundo acadêmico é mais tranquilo, mas no trabalho pode acarretar demissão e processos”, adverte.

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