sexta-feira, 27 de maio de 2011

A Paixão Segundo G.H. - Clarice Lispector

Hoje é dia de Clarice Lispector aqui no blog. Nascida em 1920, em Tchetchelnik, Ucrânia, e falecida em 1977, no Rio de Janeiro, é o exemplo maior do romance existencial. Seu primeiro livro foi Perto do Coração, em 1943. Segundo a revista Bravo, o crítico Álvaro Lins considerou a obra “dentro do espírito e da técnica de Joyce e Virginia Woolf”. O reconhecimento literário se efetivou com A Maçã no Escuro (1961), além do célebre A Hora da Estrela (1977). Na obra A Paixão Segundo G.H., Clarice Lispector apresenta um romance-enigma, um monólogo em primeira pessoa com um fabuloso jogo de linguagem.



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A Paixão Segundo G.H. é um romance original, desprovido das características próprias do gênero. A obra conta, através de um enredo banal, o pensar e o sentir de G.H., a protagonista-narradora que despede a empregada doméstica e decide fazer uma limpeza geral no quarto de serviço, que ela supõe imundo e repleto de inutilidades. Após recuperar-se da frustração de ter encontrado um quarto limpo e arrumado, G.H. depara-se com uma barata na porta do armário. Depois do susto, ela esmaga o inseto e decide provar seu interior branco, processando-se, então, uma revelação. G.H. sai de sua rotina civilizada e lança-se para fora do humano, reconstruindo-se a partir desse episódio. A protagonista vê sua condição de dona de casa e mãe como uma selvagem. Clarice escreve: “Provação significa que a vida está me provando. Mas provação significa também que estou provando. E provar pode ser transformar numa sede cada vez mais insaciável.”
A Paixão Segundo G.H. - Clarice Lispector

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